quinta-feira, 12 de novembro de 2009
A Centopeia dos sapatos de arco iris - Cena II
Dona Mocinha _ Sinhazinha! Sinhazinha! Onde está você? (Procura em todos os lugares e se depara com um cofre de porquinho, quebrado. Desesperada, agarra-se ao que restou do porquinho. Sr. Grilo se aproxima, solidário)
Sr. Grilo_ O que aconteceu, dona Mocinha? Parece-me aflita.
Dona Mocinha _ Sinhazinha estava ansiosa para comprar os seus primeiros sapatinhos e como eu disse que não poderia acompanhá-la, temo que ela tenha ido sozinha...
Sr. Grilo _ Vou até a loja da floresta ver se a encontro. É melhor que a senhora permaneça por aqui para o caso dela voltar.
(De um outro ponto do cenário, Sinhazinha caminha a passos largos. Emociona, avista a cidade.)
Sinhazinha _ Lá está a cidade e suas lojas. Os sapatos da loja da cidade devem ser bem mais bonitos que os sapatos da loja da floresta.
(Desce a ladeira correndo e ofegante, adentra a loja e se dirige a um vendedor)
Sinhazinha _ Moço, quero ver sapatinhos!
Vendedor _ Vamos até a seção infantil. E para quem seriam? Menino ou menina?
Sinhazinha _ São para os meus pezinhos!
Vemdedor _ O que? Acha que vou experimentar sapatos nessa infinidade de pé? Não senhora! Tenho mais o que fazer! Era só o que me faltava!
Sinhazinha _ Mas eu vou pagar! Tenho dinheiro e preciso dos sapatos para o natal. O Papai Noel da floresta já está chegando...
Vendedor _ Não quero nem saber! Vá embora! Xô! Xô!
Vendedora (grita e sobe na cadeira) _ Socorro! Uma lacraia!
Sinhazinha _ Sou uma centopeia!
Sinhazinha sai da loja a passos largos. Seu dinheiro foi caindo pelo caminho, mas ela nem se importou. Soluçando, tomou novamente o rumo da floresta e encontrou-se com o jabuti...
Continua.
Stella Tavares
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Para Pedro Henrique e João Vítor todas as histórias que escrevo e as que ainda vou criar. Todas as cantigas de ninar que invento. À vocês, meus filhos, Todo o sentimento.